GilmarJunior

Textos de minha vida.

quinta-feira, março 22, 2007

Pet Shop Boys em Porto Alegre

A turnê FUNDAMENTAL, da consagrada banda inglesa Pet Shop Boys, mostrou ontem à noite no Gigantinho que Neil Francis Tennant e Christopher Sean Lowe continuam com a fórmula em dia para levantar o público e fazê-lo dançar. Mesclando sucessos do auge da New Wave com as últimas tendências da música eletrônica, o duo - que contou com a presença de dançarinos e da backing vocal Silvia, de vocais marcados pelo soul de Aretha Franklin - não permitiu que, em momento algum, o espetáculo esmorecesse.
O palco fora simples, mas de bom gosto. Um telão ao fundo projetava cenas dos videoclipes da banda. As luzes - carregadas de lilás - realçaram as roupas dos bailarinos. O vocalista Neil entrou no palco como um senhor inglês: de terno preto.
Na abertura, um hit novo: God willing - We're the Pet Shop Boys. Mesmo não muito conhecida dos brasileiros, a música foi o aviso de que o ritmo permearia todo o espetáculo. Em seguida, a conhecida Left to my own devices situa as milhares de pessoas que lá foram prestigiar o duo.
Os Pet Shop Boys alternaram novidades com clássicos. A décima segunda música, chamada Numb, mostra que Neil também sabe cantar baladas. No telão, imagens de refugiados em preto e branco destacaram a melancolia da bela letra, escrita por Diane Warren.
Numa antítese, a música seguinte foi uma combinação das dançantes Se a vide E e Domino Dancing. A primeira exibe um ritmo marcadamente brasileiro: a batida do nosso carnaval espantou a todos e o Gigantinho caiu na dança. Também pudera, a faixa integra o álbum Bilingual, de 1996, que conta com a participação do grupo brasileiro Olodum. A ponte para a clássica Domino Dancing foi ao natural.
Uma grata surpresa na décima quinta faixa do show: Neil se senta e dedilha um violão, na balada Home and dry. Para quem não sabe, o vocalista tocou numa banda folk chamada Dust entre 1970 e 1971. Novamente, a descida de tom quedou-se para os teclados portentosos de Always on my mind, clássico de Elvis Presley reinventado com muito apuro pela banda.
A seguir, a música Streets have no name mescla a letra original com trechos do hit Take my eyes off you. E, aproveitando o sacolejar incessante do público, o duo saca do fundo do baú West End Girls, de 1986.
Sodom and Gomorrah Show traz o vocalista e os dançarinos trajados com fardas, numa clara alusão ao fetiche que grassa pelo público homossexual. A letra também incute uma reflexão sobre o preconceito contra as minorias sexuais.
A dobradinha So Hard e It´s a sin joga o espetáculo no clima da nostalgia. Cantando apenas os clássicos que fizeram a fama dos Pet Shop Boys, Neil aproveita para apresentar a banda. A backing vocal Silvia arrancou aplausos entusiásticos. Ela se destacou em solfejos muito interessantes em algumas músicas, como em West End Girls.
Por volta da meia-noite, entra em cena a clássica Go West, que já avisava ao público a proximidade do término do show. Mais um grande sucesso.
Neil e Christopher retiraram-se do palco. Os bailarinos e Silvia interpretaram uma canção que era um medley com os títulos dos 21 sucessos do grupo. Algumas pessoas já deixavam o Gigantinho, quando o duo volta ao palco e termina o espetáculo com a conhecida Being Boring. Neil até disse, várias vezes, um obrigado carregado de sotaque, que encontrava eco na platéia.

3 Comments:

  • At quinta-feira, 22 março, 2007, Blogger Mauro said…

    Oi Gilmar!
    Parabéns pela matéria! Deve ter sido um "show" mesmo.
    Abração,
    Mauro

     
  • At sábado, 24 março, 2007, Anonymous Anônimo said…

    Reportagem muito boa, só faltou você comentar sobre a música "dreaming of the queen" que foi para mim um dos momentos mais simbólicos do show....E tava bom o show.

     
  • At sexta-feira, 08 junho, 2007, Blogger Unknown said…

    Gilmar, estou meio desatualizada. A maternidade me suga (literalmente falando). Me conta quando tiver um babado assim bom. Estou precisando abrir minha cabeça.

    afeto,
    Junia

     

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