GilmarJunior

Textos de minha vida.

terça-feira, janeiro 30, 2007

Rio dos Sinos pede ajuda











Primeiro a desgraça para buscar o remédio. O Rio dos Sinos, cuja bacia hidrográfica compreende 3820 quilômetros quadrados em 32 municípios, agoniza. Enquanto isso, o governo estadual reuniu-se apenas na segunda-feira com prefeitos da região a fim de deliberar sobre um plano de salvação para as águas combalidas. Para quem não lembra, em outubro de 2006 o RS assistiu à morte de mais de um milhão de peixes no Rio dos Sinos, causada por produtos tóxicos oriundos de indústrias do setor coureiro-calçadista. A FEPAM (Fundação de Proteção Ambiental do Rio Grande do Sul) autuou 11 empresas do setor nos municípios de Estância Velha e Portão.
Foram tomadas medidas apenas paliativas para o problema: a construção de três barreiras de contenção no município de Sapucaia do Sul. Para modificar esse quadro, nessa segunda-feira (dia 29 de janeiro), técnicos da FEPAM; a secretária estadual do Meio Ambiente, Vera Callegaro; prefeitos da região e representante da ONG Martim Pescador reuniram-se em São Leopoldo e endossaram um plano de ação com 25 metas para salvaguardar a qualidade da água do Rio dos Sinos. O documento dividiu o rio em 5 regiões, dada a disparidade de elementos poluidores na extensão da bacia dos Sinos. O presidente da FEPAM, Renato Breunig, informou que 89% dos detritos encontrados no rio enquadram-se como esgoto doméstico. "O setor produtivo contribuiu com apenas 11% das emissões poluidoras", ressalta.
Além da mortandade de peixes, o assoreamento é um problema intenso. "Quando os imigrantes alemães chegaram ao RS, eles subiram até a nascente do rio", afirma Henrique Priesto, presidente da ONG Martim Pescador. Atualmente, há trechos com apenas 40 cm de profundidade no Rio dos Sinos.

Fotos e texto de Gilmar Luís. Nas fotos, o senhor é Henrique Priesto, presidente da ONG Martim Pesqueiro; ele mostra à secretária Vera Callegaro a dramaticidade do problema no Rio dos Sinos.